Era
de manhã, 10:15, dia ensolarado porém frio, com nuvens cinzentas se aproximando
cada vez mais. Abri minha janela e me senti feliz com o lindo dia. Escovei meus
dentes, fiz xixi e estava pronta para começar o dia ou tomar meu café da manhã.
Ouvi a TV lá de baixo e minha irmã cantando. Olhei a janela e o carro do meu
pai já não estava mais lá. Certamente ele já tinha ido trabalhar...
Na
minha casa cada um tem sua cadeira, sabe? O meu pai na ponta, a minha mãe na
primeira cadeira de um lado, Sofia do lado dela, e eu do outro lado da mesa.
Desci as escadas e adivinha quem estava sentada na minha cadeira vendo Discovery
kids? Minha irmã. Eu odeio quando ela senta no meu lugar, não consigo ver TV.
-Aaaaah! Sofia esse é o meu lugar,
te manda. – já falei emburrada
-Saiu do ar perdeu o lugar - falou ela
me olhando maldosamente
-Pra começar eu nem cheguei no ar. -
retruquei
-Viu só? Então não é sua. - reretrucou
-Eu sou mais velha, eu posso, você
não, agora te manda e para de se fazer de louca - ordenei
-Mamãe!! A Raquel quer tomar o meu
lugar - gritou a minha irmã bem alto com aquela voz fina insuportável
-Mas só pode estar naquela fase de
chatice extrema! - reclamei enquanto pegava uma fatia de pão
-Ela me chamou de chata! – Sofia gritou
(lá vem bomba)
-Raquel para de discutir com a sua irmã,
senta em outra cadeira, quanto custa? – minha mãe defendeu Sofia
-Posso até sentar porque VOCÊ pediu,
mas esse não é o jeito de educar a minha irmã. Tudo oque ela quer ela consegue!
Ela já ta bem grande pra entender q não precisa ficar nessa cadeira alta que o
pai já teve que remendar para ela servir!
-Raquel enche a boca de comida e não
vem querer me ensinar a educar filhos! Parece até que sabe mais do que eu!
-Eu sei mesmo. - murmurei
-Oque você disse Raquel?
-Nada!
-E os sonhos Raquel?
-Que sonhos?
-Aquelas loucuras suas, passaram?
-Primeiro: só pra corrigir, não são loucuras, segundo:
sim, continuo tendo
-Não estão funcionando os remédios?
-Não, não estão porque eu não sou doente! Vocês insistem
em dizer que eu louca doente problemática!
-Raquel, onde está o parafuso? – minha irmã interrompeu
com essa pergunta desnecessária
-Que parafuso, Sofia? – perguntei procurando o parafuso
pela mesa
-Oque caiu da sua cabeça! – caiu nas gargalhadas
-AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!! Perdi a fome, vocês só
avacalham comigo, tenho certeza que não são meus pais! Ninguém me entende! –
Arrastei a cadeira pra trás com força, joguei o pão no prato e subi as escadas.
-Raquel!!! – minha mãe gritou lá de baixo. Depois começou
a xingar minha irmã. Bem feito
Entrei no quarto, bati a
porta, sentei na minha cama e fiquei olhando para a janela. Me deu vontade de
chorar, mas eu não estava afim, muita mão chorar. Na janela entrava o sol, eram
exatamente 10:30 da manhã. Veio um raio que bateu no vidro, e como
faíscas o atravessou, bateu no meu espelho e voltou para a sua origem. Ali
estava. Achei curioso. Como sou muuuuuito curiosa, coloquei meus dedinhos ali. Começaram
a brilhar e ficaram cada vez mais transparentes. Quando eu fui para entrar na
luz, veio uma ventania, bateu minhas janelas, o raio foi tapado, sumiu, começou a chover.
Agora sim, me deu vontade de chorar. Chorei. Chuva e desgraças sempre combinam
para uma cena de choro. Não sei por que...
Não se esqueça, plágio é crime!!!
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